terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Alo! Alo! Teatro com pipoca,
meu bom pastor poeta!

Sou o menestrel filho da três letras mães,
o horizonte do além-mundo

Ao primeiro soar de flauta
me encontrarei nos cilindros
do abdômen de minha ama

O luar de varanda nos promete
um eclipse crescente
Dormiremos voltados para o leste

Ventre, ventre, ninho forrado de néctar

A mãe rainha abelha beija o óvulo
untada em perfume frutal
Eu abelhinha encontro o cheiro da luz
e me arrasto até os lábios carnudos
quase com vontade

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