terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Estou de passagens compradas,
em menos de dez gritos
estarei entre os seios da Princesa
A fornalha esconde a sombra e liberta as miragens
Princesa, a sombra é a mão da Esfinge
Vinte e duas laminas coloridas manobram-se nas ondas do pano,
fatias e mais fatias de silencio demoronam-se na mesa
O louco pegou as vinte e duas letras hebraicas,
dividiu em três, mastigou bem devagar os montinhos
Princesa, o nosso Monte Sinai
cospe pedras negras e no tapete engolimos pelos
" a serpente era de ouro baço, vitria & enroscada",
cuspi todos os cromossomas
entre seus trilhões de lábios línguas de setas
( E aquela gosma descendo pela garganta... )
Princesa, fiz ponta no lápis,
hei de rabiscar suas escamas
Na barriga da noite
ouviremos o Galo Celestial e já será dia
Nos banharemos nos confins do oceano
Ave da aurora,
a serpente sumiu na água
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